Má gestão e desvio de verba são possíveis motivações para assassinato de secretária da Apae, diz delegado
Ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, é o principal suspeito de matar Cláudia Regina da Rocha Lobo
A Polícia Civil de São Paulo divulgou detalhes sobre o assassinato de uma funcionária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Bauru, interior do Estado. De acordo com as investigações, o ex-presidente da entidade é o principal suspeito do crime, que teria ocorrido em meio a uma disputa de poder dentro da organização.
As investigações indicam que a motivação do crime pode estar relacionada a questões internas na APAE, incluindo má gestão e desvio de verbas. O delegado responsável pelo caso, Cledson do Nascimento, afirmou que, apesar de especulações sobre um possível crime passional, as evidências apontam para um cenário de irregularidades financeiras e conflitos de interesse entre o presidente e a secretária executiva.
O computador da vítima foi periciado, e nele foram encontradas planilhas de contabilidade com indicações de inconsistências financeiras, envolvendo o suspeito. Além do inquérito sobre o assassinato, uma investigação paralela foi aberta para apurar as possíveis fraudes financeiras dentro da entidade.
No momento do crime, a secretária foi morta com um tiro enquanto estava dentro de um carro da APAE, que posteriormente foi abandonado na região de Vila Dutra. A investigação também revelou que o presidente ameaçou um funcionário para que o ajudasse a descartar o corpo da vítima, que foi queimado e incinerado em uma área de descarte.
A prisão do suspeito ocorreu nove dias após o desaparecimento da vítima. Ele chegou a utilizar as redes sociais da APAE para lamentar o sumiço da secretária. Após sua detenção, o suspeito confessou informalmente o assassinato, mas negou a acusação em depoimento formal.
Com a prisão, o ex-presidente deixou o cargo, e a APAE emitiu uma nota afirmando que se surpreendeu com o envolvimento do antigo gestor no desaparecimento e garantiu que os atendimentos continuam normalmente em suas unidades.
A defesa do suspeito ainda não foi localizada para comentar as acusações.
Fonte: Terra
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