A hora de prevenir é agora: ações contra a dengue fazem a diferença
Este é o momento ideal para a prevenção. Quando voltarem as chuvas no fim do ano, há novo risco de ocorrências da doença
O Distrito Federal está em alerta constante no combate à dengue. Só este ano, a Secretaria de Saúde notificou 440 mortes, um número 19 vezes maior do que o registrado em 2023. Além disso, o DF conta com outros 274.858 casos prováveis da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A região também aparece entre as mais afetadas por casos graves ou com sinais de alarme. De acordo com um levantamento do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, o DF ocupa o 4º lugar no ranking, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Por isso, a população deve ter atenção redobrada. Isso porque quase 75% dos focos de dengue estão dentro das casas, como em vasos de planta, garrafas, caixas d’água e calhas. Os dados são do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023, ambos do Ministério da Saúde.
Sintomas e impactos
Caso você sinta fadiga, febre alta, dor nas articulações e dor de cabeça ou apresente quadros de vômitos, náuseas, diarreia e manchas no corpo, procure um médico, pois são sintomas da doença.
Edilaine Rosa, de 40 anos, conta que identificou a doença nos três filhos e nela mesma a partir desses sintomas. Em casa, começou a sentir uma dor intensa na parte de trás dos olhos e uma dor de cabeça “insuportável”.
O quadro evoluiu e Edilaine chegou a perder muito sangue. Hoje, sete meses depois do registro dos primeiros sintomas, ela ainda trata as sequelas deixadas pela doença.
“Ainda estou recuperando meu organismo. Atualmente, estou tratando a anemia, estabilizando o ferro e a vitamina D. Meu nível de ferro está muito baixo desde fevereiro, quando descobri a dengue”, revela Edilaine.
Prevenção
A médica infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Valéria Paes, explica que um dos fatores que favoreceu o aumento dos casos foi a ocorrência do subtipo 2 do vírus da dengue. Ela ressalta que o aumento da temperatura e as chuvas também foram fatores relevantes para o surto no início do ano.
Mesmo em período de seca, a especialista esclarece que os cuidados devem continuar. “Agora é o momento ideal para a gente prevenir. Quando voltarem as chuvas no fim do ano, por exemplo, nós temos novo risco de ocorrências da dengue.”
A hora de prevenir é agora
Cada cidadão pode ajudar na luta contra o mosquito da dengue. Algumas ações importantes incluem:
- Elimine focos de água parada. O mosquito da dengue se reproduz nela.
- Mantenha caixas d’água bem tampadas.
- Verifique vasos de planta. É importante colocar areia em todos.
- Esvazie garrafas e guarde-as de cabeça para baixo.
- Descarte o lixo em local apropriado, lembrando de fechar bem os sacos.
Editoria de arte/ Metrópoles
A conscientização é contínua. Por isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) promove a campanha “Dengue: A hora de prevenir é agora. Não espere as chuvas para agir”.
O objetivo é reforçar a importância da população no combate à dengue durante todo o ano. Além das ações práticas, é importante ficar de olho na vacinação.
A campanha de vacinação é exclusiva para todas as crianças e adolescentes de 10 anos completos a 14 anos. São duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas.
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